
27 janeiro 2010
24 janeiro 2010
Centro de Ciência Viva _ por Edite Fernandes
"Olá a todos!
Aproveitem os meus conselhos e visitem do Centro de Ciência Viva da Floresta!
Beijinhos."
Aproveitem os meus conselhos e visitem do Centro de Ciência Viva da Floresta!
Beijinhos."
Edite Fernandes
13 janeiro 2010
Batem leve, levemente...
A aldeia foi palco de um espectáculo de neve, no passado dia 10 de Janeiro.
Vejam as imagens lindas!
Vejam as imagens lindas!






Imagens gentilmente cedidas por Edite Fernandes
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A NEVE
"Batem leve, levemente,
como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim...
É talvez a ventania;
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento, com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
de uns pezitos de criança...
E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
- depois em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...
Que quem já é pecador
sofra tormentos... enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na natureza...
– e cai no meu coração. "
Augusto Gil - Luar de Janeiro, 1909
"Batem leve, levemente,
como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim...
É talvez a ventania;
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento, com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
de uns pezitos de criança...
E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
- depois em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...
Que quem já é pecador
sofra tormentos... enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na natureza...
– e cai no meu coração. "
Augusto Gil - Luar de Janeiro, 1909
Tradições de Natal



Durante a tarde deste dia, em casa de cada um, preparam-se filhós, sonhos, bolo rei, jeropiga e o vinho novo! É que as portas das casas, em particular das adegas, abrem-se depois de jantar até pouco antes da meia-noite, para receberem dois grupos de homens do povo, que entoam cânticos em nome das almas que já partiram. E ao fazê-lo, recebem uma contribuição para que se rezem, durante o ano seguinte, missas em nome das mesmas almas!
I
"Abre-te, oh Santo Divino
À corte celestial
II
Vamos pedir para as almas
Que elas nos hão-de ajudar
III
Se derem boa esmola
Com devoção bem a dais
IV
La tendes na outra vidas
Vossos avós e pais
V
S. Miguel pediu por vós
A Jesus dos altos dos céus
VI
Venha-nos dar a esmola
Seja pelo amor de Deus"
"Abre-te, oh Santo Divino
À corte celestial
II
Vamos pedir para as almas
Que elas nos hão-de ajudar
III
Se derem boa esmola
Com devoção bem a dais
IV
La tendes na outra vidas
Vossos avós e pais
V
S. Miguel pediu por vós
A Jesus dos altos dos céus
VI
Venha-nos dar a esmola
Seja pelo amor de Deus"
No dia 25 de Dezembro, no final da missa, "dá-se o Menino Jesus a beijar" a todos os que desejarem fazê-lo, entoando-se um Cântico de Glória muito antigo em que aos homens cabe exclusivamente a parte das estrofes, e ás mulheres o refrão!
Refrão
"Glória, Glória
A Deus nas alturas
Paz na Terra aos homens de boa vontade (bis)
I
Cantemos ao Menino
O hino de louvor
Que os anjos em Belém
Cantaram ao Senhor
II
Oh noite venturosa
Que nos trouxe o Salvador
Em que os anjos no céu
Deram este clamor
III
Já lá vão os pastores
Vamos nós lá também
Louvores ao Menino
Nascido em Belém
IV
Mas que pobreza é esta
Deus do céu onde estais
Sobre palhas deitado
Anjos porque cantais
V
É Deus o pai dos pobres
Reconheço os sinais
Que nos destes, oh anjos
Já sei porque cantais
VI
Foi para nos livrar
Do mais vil cativeiro
Que aceitou privações
E quis ser prisioneiro
VII
Vinde pois orfãozinhos
Eis aqui o vosso pai
Vinde, vinde oh Menino
Vinde cantai, cantai
VIII
A Jesus vamos dar
Nosso amor e carinho
Pois para nosso bem
Quis nascer pobrezinho
IX
Os pastores adoram
O Infante Divino
Adoramos com eles
O Celeste Menino
X
Ele é o Salvador
Que viveu para nos remir
Do poder do inferno
E ao céu nos conduzir
XI
Sigamos o caminho
Da sua humildade
Imitemos em tudo
A sua caridade"
"Glória, Glória
A Deus nas alturas
Paz na Terra aos homens de boa vontade (bis)
I
Cantemos ao Menino
O hino de louvor
Que os anjos em Belém
Cantaram ao Senhor
II
Oh noite venturosa
Que nos trouxe o Salvador
Em que os anjos no céu
Deram este clamor
III
Já lá vão os pastores
Vamos nós lá também
Louvores ao Menino
Nascido em Belém
IV
Mas que pobreza é esta
Deus do céu onde estais
Sobre palhas deitado
Anjos porque cantais
V
É Deus o pai dos pobres
Reconheço os sinais
Que nos destes, oh anjos
Já sei porque cantais
VI
Foi para nos livrar
Do mais vil cativeiro
Que aceitou privações
E quis ser prisioneiro
VII
Vinde pois orfãozinhos
Eis aqui o vosso pai
Vinde, vinde oh Menino
Vinde cantai, cantai
VIII
A Jesus vamos dar
Nosso amor e carinho
Pois para nosso bem
Quis nascer pobrezinho
IX
Os pastores adoram
O Infante Divino
Adoramos com eles
O Celeste Menino
X
Ele é o Salvador
Que viveu para nos remir
Do poder do inferno
E ao céu nos conduzir
XI
Sigamos o caminho
Da sua humildade
Imitemos em tudo
A sua caridade"
Existem muitas outras tradições, maioritariamente de cariz religioso, que decorrem ao longo do ano, e que tentaremos ir dando a conhecer.
Passagem do Ano!
!!!FOI UMA ANIMAÇÃO!!!



!!!DEPOIS DO JANTAR É QUE FOI!!!



!!!QUE COMECE A DANÇA!!!

A marcha da entrada deu início á dança!

"LINDO VERGÃO"
Coro
Lindo Vergão, oh terra airosa
Terra formosa sem ter rival!Os teus encantos não vi ainda
Oh terra linda de Portugal!
Eis aqui o nosso rancho
Sempre alegre e a cantar
Com um sorriso nos lábios
A todos vamos saudar.

"PARRA DA UVA"
Adeus que me vou embora
Ai lá prá semana que vem
Quem me não conhece chora
Ai que fará quem me quer bem
Coro
Oh parra da uva, oh silva da amora
Assenta-te aqui! Não te vás embora!
Não te vás embora, não te queiras ir
Não me queiras dar penas de sentir
Penas de sentir, penas a penar
Assenta-te aqui, deixa-te aqui estar
Amor, palavra pequena
Ai que sorri a pouca gente
Pequena aquando se diz
Ai enorme quando se diz
Eu hei-de amar um Valverde
Ai enquanto tiver verdura
Hei-de amar quem eu quiser
Ai contigo não fiz escritura

"ZÁS TRÁS"
Se o cantar dera dinheiro
Meio mundo era rico
Mas o cantar não dá nada
Pobre sou e pobre fico
Coro
Zás-trás, vira pró Norte
Meu amor já estou virado
É o luxo dos rapazes
É o chapéu desabado
É o chapéu desabado
É um luxo sempre assim
Zás-trás, vira pró Norte
Meu amor olha pra mim
Oh minha pombinha branca
Empresta-me o teu vestido
Ainda que seja de penas
Eu em penas também vivo
Meu coração pede-pede
Terra para um pomar
Meus olhos se obrigarão
A dar água pró regar

"CÁ VAMOS NÓS ANDANDO"
Raparigas cantai todas
Rapazes cantai com elas
Aqui não há que dizer
Nem dos rapazes nem delas
Coro
Cá vamos nós andando
Caminho da nossa aldeia
Mostrando a nossa saia
A nossa fininha meia
Também o nosso calçado
O nosso pé delicado
O nosso corpo bem feito
Pelos homens desejado
Adeus casal do Vergão
Do alto te correm beiras
Sempre foste e hás-de ser
Terra das moças solteiras

"A CHITA DA MINHA BLUSA"
A chita da minha blusa
Ja não se usa, não usa não
Não quero a tua riqueza
Quero a pobreza do meu João
Coro
Fazes mal, oh moreninha
Que o amor do marinheiro
Sobe e desce quando quer
É como a agulha em palheiro
Ora vira, que vira
E torna a virar
As voltas do vira
Só eu as sei dar
A chita da minha blusa
Já não se usa assim, assim
Não quero a tua riqueza
Quero a pobreza do meu Joaquim
A chita da minha blusa
Já não se usa, leva o demónio
Não quero a tua riqueza
Quero a pobreza do meu António

"BAILARICO"
A moda do bailarico
Não tem nada que saber
É andar com um pé no ar
E outro no chão a bater
Andas a falar de mim
Minha boca devoras
Não te fica uma costela
Se me roubas o rapaz
Na noite de S. João
Encontrei um manjerico
A saltar e a dançar
A moda do bailarico
Nesta última, é costume chamarem-se pessoas que estão a assistir para participarem na dança com os elementos do rancho. E assim foi! Foi a alegria total! Já há muito que esperavam voltar a dançar!
"CÁ VAI VERGÃO"
O Vergão visto de longe
Como o sol de Junho aquece
É um chão de margaridas
Pombas voando parece
Coro
Cá vai Vergão todo contente
E sempre firme,
Alegre e animado, olaré
E vai na graça de toda a gente
Vou dar a despedida
Não sei se a darei bem
Aos senhores que aqui estão
Adeus passem muito bem
O sr. Vigário acompanhou até aqui tudo isto com alegria por ver este povo tão animado!
A emoção da memória de épocas passadas era evidente. Houve até quem não conseguisse conter as lágrimas! Os corações estavam repletos.Chegou a contagem decrescente para a entrada no novo ano, e com 2010 vieram os foguetes, aquisição feita graças ao lucro das participações do Vergão nas feiras de Proença! Uma excelente ideia!
Seguiram-se um bom par de horas de animação ao som simples e saudoso do acordeão, intervalados pela música da aparelhagem, pois os dedos do sr. José Mateus já passaram por muito, e há que dar tempo ao tempo!
Houve quem não conseguisse desligar-se dos seus fatos do rancho folclórico, e assim entraram no novo ano!Uma noite para recordar!
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