27 abril 2009

Albúm de memórias

A cada fim-de-semana que passa as conversas sucedem-se de forma mais atarefada e comprometida. Estão todos empenhados na festa que se avizinha! Os pormenores são mais importantes do que se pensa.

A Feira e Festa Convívio em Honra de Nossa Senhora de Fátima surge na convergência de vários pontos:
1 - dar sentido a uma festa que honra a santa padroeira da nossa aldeia, e por isso a data ganha consenso em ser logo depois do dia 13 de Maio.
2 - unir esforços de todas as partes participantes de forma equitativa
3 - conviver, mais do que lucrar; animar sem desperdiçar; recordar sem perder o sentido.

Cada ocasião festiva serve para reencontrar amigos e familiares, e também para recordar outros tempos e outras festas. Sendo assim, recordemos e reencontremos os seguintes momentos:























23 abril 2009

Para todas as mães


- Ás Mães que apesar das canseiras, dores e trabalhos, sorriem e riem, felizes, com os filhos amados ao peito, ao colo ou em seu redor; e às que choram, doridas e inconsoláveis, a sua perda física, ou os vêem “perder-se” nos perigos inúmeros da sociedade violenta e desumana em que vivemos;

- Ás Mães ainda meninas, e ás menos jovens, que contra ventos e marés, ultrapassando dificuldades de toda a ordem, têm a valentia de assumir uma gravidez, talvez inoportuna e indesejada por saberem que a Vida é sempre um Bem Maior e um Dom que não se discute e, muito menos, quando se trata de um filho seu, pequeno ser frágil e indefeso que lhe foi confiado;

- Ás Mães que souberam sacrificar a sua carreira profissional, para darem prioridade à maternidade e à educação dos seus filhos e ás que, quantas vezes precisamente por amor aos filhos, souberam ser firmes educadoras, dizendo um “não” oportuno e salvador a muitos dos caprichos dos seus filhos adolescentes;

- Ás Mães precocemente envelhecidas, gastas e doentes, tantas vezes esquecidas de si mesmas e que hoje se sentem mais tristes e magoadas, talvez por não terem um filho que se lembre delas, de as abraçar e beijar...

- Também ás Mães que não tendo dado à luz fisicamente, são Mães pelo coração e pelo espírito, pela generosidade e abnegação, para tantos que por mil razões não tiveram outra Mãe...

- E finalmente, também ás Mães queridíssimas que já partiram deste mundo e que por certo repousam já num céu merecido e conquistado a pulso e sacrifício... (como é o caso da minha mãe, a quem com muito amor e saudade dedico este texto)

- A todas as Mães, a todas sem excepção, um Abraço e um Beijo cheios de simpatia e de ternura! E Parabéns, mesmo que ninguém mais vos felicite!



Idalina Cardoso

Agenda Cultural de Maio

Caros amigos,
Era só para vos comunicar que a Feira e Festa Convívio em Honra de Nossa Senhora de Fátima, que vai decorrer no Vergão nos dias 16 e 17 de Maio, já faz parte da Agenda Cultural de Maio do Município de Proença-a-Nova!

http://www.cm-proencanova.pt/UserFiles/File/Agenda%20Cultural/2009_05Agenda_Maio.pdf


Um abraço!

14 abril 2009

Fim-de-semana de Páscoa

Sexta-Feira Santa
Este dia começou cedinho! Um grupo de amigos tinha decidido retomar a tradição de ir a pé em procissão até Proença-a-Nova, de cruz negra ás costas!



Eram onze pessoas. A partida foi da fonte do vale, ás 8h15min. A chuva ainda ameaçou com algumas gotas, mas a boa disposição do grupo não deixou que isto afectasse.


O caminho fez-se sempre com o olho no relógio e passo apressado, apesar das pausas para cantar e rezar, e também para tentar descansar.



Ao passar pelo Parque Eólico do Vergão, o vento fez apertar mais os casacos!


A cruz não chegava a pesar, pois ia rodando de ombro para ombro.


Quando chegámos ao "marco", junto à entrada para o IC8, já lá estava mais uma peregrina, com vontade de continuar a procissão connosco. Agora a estrada era bem melhor.


Deixara de ser pedregosa e de terra, para então ser de alcatrão. Tal como acontece nas provas de ciclismo, nesta etapa final também se formou o pelotão que ia mais à frente, e outro mais em esforço.
Mas à entrada da vila de Proença, todos se juntaram para dar os últimos passos até à capela, onde iríamos ser recebidos, para a seguir continuar em procissão em conjunto com todas as outras localidades da paróquia. Mesmo antes de avistarmos esta capela, mais pessoas do Vergão se juntaram, formando um belo grupo, cantando e rezando até ao ponto de encontro. Eram 10h45min.

Havia o sentimento de dever cumprido! Tínhamos tido a vontade e força para fazer um caminho longo, e ainda chegar a tempo! Havia pessoas que nunca o tinham feito. Outras talvez pensassem que nunca mais teriam a oportunidade de o fazer. Conseguimos!

Eram 11h00min, e toda a comunidade partiu em procissão pela vila. Cada localidade erguia a cruz correspondente à sua identificação, e atrás seguiam as pessoas dessa mesma localidade. A procissão terminou com umas breves palavras na igreja matriz. Seguiu-se o tradicional banquete em casa de um casal do Vergão.

As pessoas voltaram a reunir-se ás 14h00min, no largo da igreja matriz, e seguiram em conjunto para o largo da devesa, para se cumprir a tradição da procissão do encontro, em que Jesus no seu caminho para a crucificação, se encontra com a sua mãe, Maria.


Como já é habitual, este momento reuniu muita gente.





Posteriormente decorreu a missa, onde já se evocava a morte de Jesus.





À noite, ainda neste espírito pascal, no Vergão decidiu-se novamente retomar outra tradição (comum também a outras aldeias da Beira Baixa), que é o "Encomendar as almas". Segundo dizem, antigamente iam para os pontos mais altos da aldeia, cantar um cântico quase de lamuria, recordando primeiro as almas, e depois rezando "Pai-Nosso" por estas.

Ao voltarem a cantar este tema, decidiram adequa-lo aos dias de hoje e ás suas necessidades de prece, e por uma questão prática, decidiram fazer no cima da torre da igreja, para que todos pudessem ouvir. Quem lá esteve, ousou enfrentar o frio e o vento, cantando em direcção a cada abertura da torre sineira, para que a melodia ecoasse por toda a aldeia. E assim foi! Animados com a experiência, desceram da torre, e sentaram-se nos bancos da igreja para mais um ensaio do coro para a missa de Páscoa.

A noite terminou com um chá bem quentinho...


Sábado
Como já vem acontecendo pelas épocas festivas, mais uma vez a Associação Cultural, Recreativa e Desportiva do Vergão organizou um jantar convívio, que teve início ás 19h00min. Nesta festa não faltou a boa comida (fruto das mãos sábias das cozinheiras), nem a boa disposição, pois estes momentos são sempre perfeitos para "colocar a conversa em dia"!

Entretanto, ás 21h00min, no seguimento das cerimónias da semana santa em Proença-a-Nova, teve início a celebração da Vigília Pascal.



As pessoas reuniram-se no largo da Igreja Matriz, junto ás escadas, o sr. padre acendeu o Círio Pascal do ano corrente, e depois todas as pessoas acenderam as velas que tinham consigo, começando a encaminharem-se para o interior da igreja.


Toda esta celebração é rica pelos símbolos e significados que são expressos. Aliás, é a mais importante celebração de todas as que acontecem na Páscoa.



Para melhor compreender-mos, vejamos o que escreve o sr. padre João Silva em http://companhia-jesus.pt:
"De início, celebrava-se a Páscoa num só dia, melhor dizendo, numa só noite. Era a grande Noite da Vigília Pascal. É de facto a partir do século IV que a grande Celebração da Noite Pascal, a mãe de todas as vigílias, deu origem à Semana Santa.
No século IV, a Vigília Pascal tomava toda a noite, do pôr do sol de Sábado até ao dia seguinte, de manhã muito cedo (Jo. 20, 1), de modo que não havia qualquer outra celebração em dia de Páscoa. Cedo porém esta prática desapareceu.
Mas é esta observância da Igreja primitiva que importa reter pelo seu grande significado: numa Noite semelhante àquela da libertação em que o povo hebreu, oprimido no Egipto, esperou o sinal da partida para a Páscoa da liberdade (Ex. 12), o Povo da Nova Aliança espera a Ressurreição do Senhor Jesus. E deste modo os cristãos aguardam de lâmpadas acesas (Luc. 12, 35) que o Senhor saia vitorioso do túmulo.
Não é um acontecimento do passado que se recorda..."


Domingo de Páscoa
A aldeia estava mais composta do que era costume. Tal como acontece pelo Natal, também na Páscoa regressam ao Vergão pais, filhos e netos, reencontrado-se com as suas famílias! A celebração dominical também teve mais gente do que se esperava, porque havia faltado o padre no Cabeço do Moinho, tendo algumas pessoas daí deslocado-se até à nossa igreja. Eram cinco irmãos, com as respectivas esposas e filhos, e a mãe. E o aspecto mais curioso e feliz deste facto é que alguns deles tinham estudado na escola primária do Vergão, reencontrando, neste domingo, colegas que já não viam há mais de 20 anos. As pessoas acolheram-nas muito encantadas, e acompanharam-nas pela aldeia até serem horas de almoçar.

13 abril 2009

Bem-vindo!


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Como início de qualquer coisa que esperamos que seja boa, deixamos sempre no ar inúmeros desejos e esperanças. Também para este blogue desejo muita coisa boa. Desejo principalmente que sirva para dar a conhecer uma aldeia que não está morta, como alguns anunciam. Por muito que pareça adormecida, desperta a qualquer momento com uma enorme força, como se de um vulcão se tratasse. Não subestimem!

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